sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Desistir
Lutas, perdas, desilusões…
Desistir… porque não?
Abandonar antes mesmo
De ser abandonado… é erro?
Sonhar, voar e iludir…
Para quê?
Tenho-me cruzado vezes de mais
Com as desilusões…
O errado sempre sabe o meu nome.
E se tudo isto tem sido uma constante derrota,
Para quê continuar?
Para quê seguir num caminho
Coberto por um manto negro,
Se não há mais volta?
Este silêncio está a acabar comigo
(…)
sábado, 15 de janeiro de 2011
«Em Busca do Amor»
“Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfilando ...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando ...
Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?”
E o velho estremeceu ... olhou ... e riu ...
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados ...
E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu! ...”
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfilando ...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando ...
Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?”
E o velho estremeceu ... olhou ... e riu ...
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados ...
E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu! ...”
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Desta Vez
Perder,
Faz-nos recomeçar.
De certa forma,
É o que estou a tentar fazer.
Desta vez,
Procurarei deixar de lado
O leve cheiro das recordações
(que me prendem a um passado distante)
Desta vez,
Procurarei algo mais
Do que uma simples lágrima no canto do olho.
Encontrarei uma razão
Para que, no meu mundo,
A noite acabe.
Desta vez,
Encontrarei um sorriso
E deixarei a derrota esquecida
sábado, 1 de janeiro de 2011
Desilusões
Alguns dias,
Deitada no escuro do meu quarto
Deitada no escuro do meu quarto
Penso em tudo o que passamos
Tudo o fizemos e dissemos…
Tantas promessas se evaporaram
No ar gelado da tua ausência…
Tantas lágrimas correram o meu rosto
Como se, de certa forma,
Isso te fosse trazer de volta…
Mas não, não trouxe.
Apenas desilusões passaram na minha almofada
E se escaparam por entre os lençóis,
Que tantas vezes secaram as lágrimas
Que tu causaste, inexplicavelmente.
Tantas vezes pedi que permanecesses
Mas, para minha desilusão
Tu recusaste-te a ouvir
E foste embora,
Deixando-me melancólica
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